Hoje vou falar sobre uma brincadeira interessante que muita gente faz. De vez em quando eu faço, mas estou tentando parar: criticar seus próprios defeitos nos outros. É o que dizem, o crítico de arte é um artista frustrado...Como é possível você julgar alguém, principalmente em coisas tão subjetivas? Como posso dar nota 9 a alguém, e outra pessoa com histórico de vida completamente diferente do meu vir e dar 5? Quais são os critérios pra se eleger uma pessoa chata e outra legal? Qual a diferença entre um 9,5 e um 9,7, a não ser a definição de que uma escola de samba vai ficar no grupo especial e a outra vai cair pro grupo de acesso? O que te faz melhor do que eu? Qual é o mistério, tem regras de pontuação para a vida? Preciso estudar um livro de estatística para aprender a ser uma pessoa melhor??
Eu sou professora, e posso dizer: nem com regras é fácil dizer se uma resposta do aluno está certa ou errada, pelo menos não na disciplina que leciono (inglês). Mesmo quando estipulo uma nota para uma questão, e mesmo que esta questão seja de múltipla escolha, onde só há uma resposta correta, às vezes me bate a dúvida: “mas e se ele estava pensando de uma determinada forma, e essa forma o levar a pensar nesta opção como sendo a correta?” Infelizmente o sistema é esse, e é melhor que meus diretores nem leiam isso, ou vão pensar que não sei Inglês.
Mas a vida,...poxa, a vida não precisa ser assim. Eu não preciso provar que sou assim ou assado. Até onde eu sei, o que preciso é saber quem eu sou, mas pra mim mesma. Eu preciso me saber, me criticar, me entender. Parar de me iludir achando que sou legal, se na verdade sou um pé no saco. Parar de querer ser de grupinhos, se sou uma anti-social. Ou mesmo parar de me subestimar, se na verdade sou uma pessoa legal. Mas só pra mim. O difícil é convencer meu crítico interno disso tudo...
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