Sunday, June 26, 2005

Boa viagem, Clara!!

obrigação

Acho um saco escrever algo ou fazer qualquer outra coisa de que gosto obrigada (Jaqueline que não nos ouça, mas a cada tradução feita "a toque de caixa" pra cumprir prazo me faz morrer um pouco por dentro). Mas esta semana os "impression papers" saíram até fácil. Ajudou muito o texto de Sally Benson (The overcoat) e de Hemingway (In another country).
O primeiro é quase uma fábula; adoro textos em que o "fall" do protagonista vem em forma de epifania. Sou a rainha das epifanias. Acho super interessante alguém estar inconsciente de algo por um tempão e de repente se dar conta do real, em uma fração de segundos. Tudo se revela através de um pedaço de pano velho, ou de uma frase de efeito. É chocante.
Eita, passso mais de uma semana sem escrever aqui e quando venho fico falando de teria literária...duh...Ah, dê-me um desconto, esas podem ser as últimas palavras que escrevo sobre isso, já que estou me formando (eeeeeeh) e sem perspectivas na minha área a não ser aturar filhinhos de papai (com raras exceções) reclamando e pedindo pra eu falar em Português em sala e traduzindo toda e qualquer palavra que eu passo meia hora tentando explicar...
Ou vocês acham que eu vou mesmo virar escritora? Que a minha fada madrinha vai me estender o canudo rosa e PLIM! apareço de farda escura cheia de galões e ocupo uma cadeira na ABL? Ora pois, se nem Luis Fernando Veríssimo acredita que escritor é profissão, quem sou eu pra acreditar?...
Malu, no ano do Centenário de Érico Veríssimo (hoje mais conhecido como o pai do Luis Fernando Veríssimo), minha homenagem é pra você, que graças a localização privilegiada de seu nascimento, pôde fazer uma entrevista com o pai da Ana Terra e do Tibicuera, dentre outros. Oigalê, guria!


Sunday, June 19, 2005

Quinta feira

Às vezes tenho medo de mim. Tenho problemas sérios pra lidar com meus problemas. Minha cabeça ferve, mas não consigo, não sei, não sou usina de processamento de lixo, nem estação de tratamento de esgoto!!!
Quando ficou P... da vida, não xingo, não saio mandando ninguém passear no Rio Guandu/Potengi/Tietê, não mando ninguém pra casa da mamãe de vida fácil, nem ao proctologista, nem se auto-inseminar...não desejo o mal de ninguém, ao contrário, quero a sorte de certas pessoas pra mim...Ei, eu sei, inveja é um sentimento feio, mas não disse que era santa...Mas tenho que reclamar, senão eu explodo! Tenho que falar, falar, até gastar minha saliva, ou o saco do ouvinte incauto.
É que simplesmente ODEIO! depender dos outros!!
Pois é, quinta tive um daqueles dias... É altamente frustrante você planejar seu dia e nada, absolutamente NADA dar certo, porque você depende dos outros, você precisa que os outros apenas cumpram o que eles mesmos planejaram...mas a culpa é minha, porque, como diria minha mãe, "Se você quiser bem feito, faça você mesma!". Não posso mesmo contar com ninguém. Depois perguntam porque nós, Arianos, somos (ou tentamos ser) onipresentes!!
A minha sorte foi que eu desopilei um pouco no Parque das Dunas mais cedo, com Andreia e os meninos. se não fosse por isso, de jeito que a minha semana foi caótica, e do jeito que minha cabeça estava fervendo, teria ido mesmo parar num hospício!!!

Sunday, June 12, 2005

On the flow of thoughts...

Cursinho de Inglês. "Ei, eu te conheço!"
"É aquela branquinha? Ela é minha vizinha!"
"E aí, tudo bem? festa legal né?" Ih, que gelo...
"Você vai na RioSampa?" Oba, não deu praia!!
Bram Stocker, meu herói..."Eu te gosto muito..."
"Não se apega a mim não...tou indo morar no RN"
"Vamos casar?"
"Quero ir com você, pra onde você for..."

Into Your Arms - Hole

I know a place where I can go when I'm alone
Into your arms, oh whoah
Into your arms, where I can go
I know a place that's safe and warm from the crowd
Into your arms, oh whoah
Into your arms, where I can go

And if I should fall
I know I won't be alone
Be alone anymore

I know a place where I can go when I'm alone
Into your arms, oh whoah
Into your arms, where I can go
I know a place that's safe and warm from the crowd
Into your arms, oh whoah
Into your arms, where I can go

And if I should fall
I know I won't be alone
Be alone anymore

I know a place...

Sunday, June 05, 2005

Ai que desengano...

Será que as pessoas não entendem que cada um tem seu gosto pessoal, e que, sim, existem pessoas nesse mundo(freak!) que não gostam de meio quilo de gordura na comida? Meu Deus, que loucura!!! Colocar menos de dois tabletes de margarina numa receita de BOLO??? Isso é um crime!!! Deixar de ter os dedos brilhando de "graxa" cada vez que tira um pedaço de frango (assado)?? Sandice!! Não ter os lábios "lisos" de tanto sebo numa inocente carne moída?? Anormal!! De que planeta eu vim, Senhor??? NÃO GOSTO DE GORDURA!!!!!!!!!!!! Nunca gostei!!! Não vai ser agora, depois de velha que vou gostar!!! Que saco!!!!

hihihihihihi

Your Japanese Name Is...




Yukako Shigenoi

Tá vendo? É isso que enfraquece...

Adesivo em uma das mesas de "bilhares" no bar dos meus sogrinhos...

enfraqueceu
Depois dizem que eu sou implicante...

Friday, June 03, 2005

Natal

Dia desses eu estava voltando pra casa e senti Natal como na época em que a conheci.
Senti como que um cheiro familiar, igual ao cheiro de pernil assado e abacaxi que lembram o Ano Novo. Um cheiro de brisa suave atravessado o alpendre, sensação de férias, eu como a turista que poucas vezes fui...
Uma calma me invadiu...imagine, eu, em pleno 03, passando pela Felizardo Moura em direção a ponte, fechei os olhos e me vi indo para a Redinha, passar um fim de semana na beira da praia,
eu que não gosto de pegar Sol mas amo a brisa, o cheiro (mais uma vez) de mar...só isso já me bastou.
Reclamo bastante da infra estrutura da cidade, várias vezes digo pra quem me pergunta (os de fora), que Natal só é bom pra passear, jamais para morar, e é verdade. Por isso que há muito tempo não me sentia leve, assim, como a brisa que só "turistando" é que a gente consegue reparar. A verdade é que a gente se fixa tanto em um determinado detalhe que esquece de olhar o resto, do olhar panorâmico de uma câmera. Basta a gente cismar com alguma coisa e pronto: lá se vai todo o resto. É como quando a gente engravida, e de repente só vemos grávidas em todo o lugar. Ou quando achamos determinado cacoete feio (todos são, mas sempre tem um que nos incomoda mais), e todo mundo aparece com o tal do cacoete. Como se eu tivesse tomando um determinado remédio por anos e ele não fizesse mais efeito sobre mim... Não por acaso o nome desse efeito é adaptação...