...pelo alfabeto, tá gente? Não estive internada no Doutor Eiras nem no Santa Cecília ainda não, OK? Vamos lá:
Injustiça: É a pior coisa do mundo para mim. É da injustiça que vêm todos os males que nos atingem, sejas uma simples briga familiar até a violência mundial. Não é uma questão legal, é uma questão de saber qual é o seu limite, até onde você pode ir sem prejudicar o outro. É questão de bom senso.
Jantar: não sou muito fã, mas se você quiser me convidar...saiba que não vou, sou comprometida...rsrsrs (na falta de palavra pra essa letra, saiu isso, duh...)
Letras: Me acompanham desde os cinco anos, me disseram muito pouco sobre o que eu queria saber mesmo. Quando achei que as tinha dominado (na faculdade), elas me riem e me dizem que elas é que me dominam. Têm vida própria, as safadas...
Mentalidade: Gosto dessa palavra, para mim ela significa idade mental. Eu sempre tive 50 anos de idade mental. Era uma criança quieta e pacífica, uma adolescente parada e intelectualóide, e hoje sou uma mulher que pensa que sabe muito, mas sabe que ainda tem muito a aprender. E isso é bom, pois agora sei que não preciso acertar todas. Basta estar disposta a entender e aprender com os outros e com a vida.
Natureza: Amo, sou apaixonada...não imagino um lugar em que eu seja mais EU...mesmo sendo agitada como sou, ou já por causa disso, eu sinto essa ligação bem forte em mim. Vale tudo: montanha, sítio, praia (sem sol...), cachoeira...
Obsessão: Na verdade, não é tanto assim...sou super encucada com certas coisas, tenho manias sem fim... mas nada incontrolável. Também sei relaxar e deixar as coisas acontecerem. Demora um pouquinho mas vai.
Paciência: Haha. Não dá. Pra certas coisas, é melhor você esquecer. Ônibus atrasado, fila de banco, garçon que não é o Paraíba do comercial (rédondia), e outras coisas que não me ocorrem no momento, me tiram do eixo.
Qualidade: É tudo na vida. É melhor fazer uma coisa bem feita do que dez de qualquer jeito. "Slow attitude". É isso aí. Quando a letra de cima ajuda, é claro...
Reflexão: É um exercício constante na minha vida. Em vários sentidos. tanto em relação a pensar mesmo (muito!!), como em relação a reação às ações dos outros. Não que eu seja partidária do "olho por olho...", na verdade é algo involuntário, quase como um reflexo mesmo. Não sei ficar indiferente ao que se passa ao meu redor. Algumas coisas me afetam até demais, apesar de eu tenra isolar...tem hora que não dá mesmo.
Silêncio: Uma coisa que ainda não aprendi, mas que de vez em quando sou obrigada a fazer. Me faz muita falta não saber calar quando devo, sinto que faço e falo menos besteira quando opto por não falar. Mas bem sabemos que Arianos não são dessas coisas... temos necessidade vital de nos expressar
Tempo: Frio. Com ou sem chuva. Gosto de frio, não gosto de passar frio, mas amo frio. Tento viver no tempo presente, mas volta e meia repasso meu passado e me preocupo com meu futuro...normal. Não muito legal, mas enfim...acontece.
Unanimidade: Não sei se existe,e já perdi a esperança de atingí-la. Já tentei agradar a todos que me cercam, mas acabei me frustrando e desisti. Não posso agradar a Gregos e Troianos, então agrado somente a mim mesma e aos que utilizam a letra R com sabedoria.
Vida: Pra mim, é tudo de bom. Mesmo quando tá uma merda, ainda é tão bom viver, se saber presente, existente no mundo, se tocar e ver que você é real, e que pode realizar coisas também...Amo a minha vida, sei que ela é abençoada, mesmo quando não parece, e quando às vezes esqueço disso, ela me faz lembrar.
Xadrez: Não sei jogar, alguém se habilita a ensinar?? hihihi...
Z: Será isso o fim, ou apenas o começo?
A primeira parte está aqui
Tuesday, August 29, 2006
"The real life show"
Outro dia, saindo pra levar meu filho na escolinha, dei de cara com duas mulheres indo trabalhar, conversando pelo caminho, bastante animadas. Mas o que tem isso de mais? Nada, se naquele momento não tivesse notado uma coisa: eu não as notei antes. Como assim? Todo dia, elas passam por aquele mesmo caminho, naquele exato momento em que estou tirando o carro e saindo com meu filho. Assim como nao as notava, não notava a dupla de corredores que passavam pela rua lateral, já a caminho da escolinha. Também não notava meu vizinho tirando o lixo, ou o caminhão de água parando sempre no mesmo ponto da rua. Daí lembrei do Truman, saindo pra trabalhar e repetindo sempre os mesmos movimentos e passando sempre pelas mesmas situações, sem notar que era apenas um personagem, atuando na ficção que era sua própria vida. Imaginei que, como Truman, um dia eu poderia "acordar" e perceber isso a tempo de tomar as rédeas da minha vida. E senti que ao fazer isso, estaria abrindo mão de tudo o que tinha como certo até então, me despindo de todas as coisas que eu tinha, ou melhor, que me tinham, e assim, aparentemente sem nada, poderia então começar a viver. Só o que faltava era coragem. A coragem de encarar o fato de que tudo o que eu tinha não é nada, que precisarei talvez começar do zero, e a essa altura do campeonato é super-humano recomeçar. Mas é também a coisa mais saudável a se fazer. Recomeçar a linda e maravilhosa história da minha vida. Da minha vida real.
Mais um tabu quebrado. Não é porque eu escolhi um caminho "errado", ou melhor justamente por causa disso, não devo persistir no erro e continuar nesse caminho. a vida nos proporciona retornos, desvios, e quem toma a iniciativa de voltar atrás não deve de jeito nenhum se considerar ou ser considerado fraco. É preciso espírito forte, porque será um caminho novo, talvez nem tão seguro, mas é preciso tentar, porque pior do que se arriscar a um novo fracasso é teimar no antigo fracasso, só por ser mais cômodo, ou pela ilusão de que as coisas irão se ajeitar com o tempo.
Mais um tabu quebrado. Não é porque eu escolhi um caminho "errado", ou melhor justamente por causa disso, não devo persistir no erro e continuar nesse caminho. a vida nos proporciona retornos, desvios, e quem toma a iniciativa de voltar atrás não deve de jeito nenhum se considerar ou ser considerado fraco. É preciso espírito forte, porque será um caminho novo, talvez nem tão seguro, mas é preciso tentar, porque pior do que se arriscar a um novo fracasso é teimar no antigo fracasso, só por ser mais cômodo, ou pela ilusão de que as coisas irão se ajeitar com o tempo.
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Tuesday, August 22, 2006
momento besteirol
Enquanto não sai um texto decente, vou deixar umas pérolas registradas aqui, só pra alegrar o meio de semana da galera. Essa foram "colhidas" em uma escola municipal daqui de São João de Meriti:
"Tenho sentido muito mal. Outro dia desmaiei, e fiquei lá, sem que meu marido se preocupasse. Quando voltei a SI, já tinha passado muito tempo."
"Os alunos descem os DEGRAIS aos pulos..."
"...Para 2 casais e R$20 para pessoas ADJACENTES..."
"Estou evitando comidas assim CALORENTAS..."
"O comportamento da mãe é exemplar: ela deixa no portão e sai, não fica ONDULANDO."
"A coitadinha trabalhou 15 anos na mesma casa sem carteira, não tinha vínculo EMPREGADIÇO"
"Tenho sentido muito mal. Outro dia desmaiei, e fiquei lá, sem que meu marido se preocupasse. Quando voltei a SI, já tinha passado muito tempo."
"Os alunos descem os DEGRAIS aos pulos..."
"...Para 2 casais e R$20 para pessoas ADJACENTES..."
"Estou evitando comidas assim CALORENTAS..."
"O comportamento da mãe é exemplar: ela deixa no portão e sai, não fica ONDULANDO."
"A coitadinha trabalhou 15 anos na mesma casa sem carteira, não tinha vínculo EMPREGADIÇO"
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Tuesday, August 08, 2006
Férias
Deitada na cama do quartinho, senti a brisa vinda da "floresta" atrás da casa. Pela primeira vez em muito tempo precebi a brisa, algo que é tão frequente no lugar onde morei que quase nem nos damos conta dela. Aqui, só desse quarto eu percebo o ventinho. No resto da casa a brisa, quando vem, lembra mais o bafo de um dragão com azia.
Fiquei aqui pensando em como as coisas se tornam tão banais a ponto de não as percebermos mais. Como ficar de mau humor quando algo não vai bem, e secar feito maracujá, velho, amarelo, de rabugice, sem se dar conta do tempo jogado fora. Ou de se decepcionar com o amor e achar a coisa mais normal do mundo dizer que "homem é tudo igual" ou "mulher não presta". Se iludir com palavras a ponto de inventar uma história e repetí-la à exaustão até acreditar na própria mentira.
Por isso é que eu fico sem beber, prestando atenção aos outros que bebem, vez ou outra. É interessante você ver o outro lado, desviar a atenção do rotineiro, quebrar seus próprios modelos. A gente se surpreende ao ver o quanto a gente se ilude.
"A walk on part in a war or a lead role in a cage?"
Férias pra mim sempre tiveram um gosto especial. Um sei lá misturado de liberdade e tempo para "tarefas" acumuladas, como ler muito, inventar coisas novas ou simplesmente não fazer nada.
Hoje as férias estão muito sem gosto. Falta ums pitada de canela, ou quem sabe, graças as novas dietas da moda, estão "sugar-free". Não sei. Não se fazem mais férias como antigamente. Ou fui eu que esqueci como são realmente.
(Nova Iguaçu, RJ, 20/12/2005)
Fiquei aqui pensando em como as coisas se tornam tão banais a ponto de não as percebermos mais. Como ficar de mau humor quando algo não vai bem, e secar feito maracujá, velho, amarelo, de rabugice, sem se dar conta do tempo jogado fora. Ou de se decepcionar com o amor e achar a coisa mais normal do mundo dizer que "homem é tudo igual" ou "mulher não presta". Se iludir com palavras a ponto de inventar uma história e repetí-la à exaustão até acreditar na própria mentira.
Por isso é que eu fico sem beber, prestando atenção aos outros que bebem, vez ou outra. É interessante você ver o outro lado, desviar a atenção do rotineiro, quebrar seus próprios modelos. A gente se surpreende ao ver o quanto a gente se ilude.
"A walk on part in a war or a lead role in a cage?"
Férias pra mim sempre tiveram um gosto especial. Um sei lá misturado de liberdade e tempo para "tarefas" acumuladas, como ler muito, inventar coisas novas ou simplesmente não fazer nada.
Hoje as férias estão muito sem gosto. Falta ums pitada de canela, ou quem sabe, graças as novas dietas da moda, estão "sugar-free". Não sei. Não se fazem mais férias como antigamente. Ou fui eu que esqueci como são realmente.
(Nova Iguaçu, RJ, 20/12/2005)
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Vossos filhos (Gibran Khalil Gibran)
"Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos.
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã, que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho. Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O Arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a Sua força para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do Arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como Ele ama a flecha que voa, ama também o arco que permanece estável."
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos.
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã, que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho. Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O Arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a Sua força para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do Arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como Ele ama a flecha que voa, ama também o arco que permanece estável."
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