"EU ESTOU PENSANDO EM VOCÊ
PENSANDO EM NUNCA MAIS PENSAR EM TE ESQUECER
POIS QUANDO PENSO EM VOCÊ É QUANDO NÃO ME SINTO SÓ
COM MINHAS LETRAS E CANÇÕES COM O PERFUME DAS MANHÃS
COM A CHUVA DOS VERÕES COM O DESENHO DAS MAÇÃS
COM VOCÊ ME SINTO BEM
EU ESTOU PENSANDO EM VOCÊ
PENSANDO EM NUNCA MAIS TE ESQUECER"
Paulinho Moska
PENSANDO EM NUNCA MAIS PENSAR EM TE ESQUECER
POIS QUANDO PENSO EM VOCÊ É QUANDO NÃO ME SINTO SÓ
COM MINHAS LETRAS E CANÇÕES COM O PERFUME DAS MANHÃS
COM A CHUVA DOS VERÕES COM O DESENHO DAS MAÇÃS
COM VOCÊ ME SINTO BEM
EU ESTOU PENSANDO EM VOCÊ
PENSANDO EM NUNCA MAIS TE ESQUECER"
Paulinho Moska
Ontem, enquanto Miguel dormia fazendo meu peito de chupeta, comecei a lembrar do dia em que nós saímos do hospital. A primeira coisa que eu pensei foi que eu era das poucas mães relativamente "esticadas": já estava andando bem e só não carregava meu bebê porque a avó coruja naõ queria desgrudar dele. Mas apesar disso, ela reclamava: "Vocês deviam ficar mais um pouco, ele tá muito pequenininho! Nem trouxe roupa bonita pra ele tirar foto saindo!..." Enfim, essa é minha mãe.
Acho que, pra mim, esse foi o dia em que ele nasceu. O dia em que tive Miguel foi tão traumático que eu me senti como no dia em que fui atropelada e parei no Pronto Socorro. Parecia que eu estava fazendo uma cirurgia qualquer, não o parto do meu filho. Lembro até que, na sala de pré-parto, eu chorava muito, pedia a ele que não saísse, que se acalmasse e segurasse as pontas mais um pouco...Mas não deu. Acho que depressão pós parto deve ser parecido com essa "crise pré-parto" que tive.
Bom, então. Pensando bem, acho que o nascimento dele não foi nem dia 19 de julho nem 26 de agosto. Foi ao longo desses dias. A transição dele levou pelo menos três semanas, que foi o tempo que ele passou na UTI. O momento de nos aproximarmos foi na meia semana no berçário, e na interminável semana no alojamento conjunto. E tudo culminou naquela terça feira.
Lembro bem desse dia. Melhor do que dos dias ruins, do dia da apnéia, do dia do ultra som, dos dias sem conseguir ordenhar. Lembro bem da médica, nossa libertadora: " O que vocês estão fazendo aqui ainda? Vamos embora! Seu filho tá ótimo!" Do banho que dei nele (sozinha, pela primeira vez!), da roupinha que separei pra ele (não era a lindona que vovó queria, mas era a mais linda do mundo pra mim, na hora), ahh... Do último almoço... e finalmente, a saída. Uma chuva! Meu bebezão menor que muito recém nascido, mas tão saudável, tão lindo! E nos meus braços...pelo menos até a vovó nos receber, os dois, nos braços dela. O alívio do parto foi ali. Graças a Deus, terminou. Ou melhor, começou.
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