Wednesday, November 24, 2004

Testimonial to a friend

No meio de um vale deserto, uma voz me chama.
"Devo estar louca! Quem, no meio deste inferno, chamaria por mim?".
Assim como veio, a voz se vai.
Abandonada até pela voz, estranha alucinação, quedo-me, entregue ao Sol inclemente e à areia escaldante.
"Que castigo! Que fiz para merecer tal penitência?".
A voz então retorna, com suave repreensâo:
"Tiveste pena de si mesma!
Lamúrias não te levarão a lugar nenhum além desse vale deserto!".
Incapaz de responder, levanto-me, chorando e, orientada pela voz, vou caminhando, até atravessar o vale.
Ao subir um último monte, vejo a dona da voz e o que achei ser minha salvação era na verdade uma planície desértica, que se estendia ao horizonte.
"Mas então, disseste que se eu saísse do lugar, encontraria solução!!", grito, aos prantos.
"Não, a solução talvez não encontres, mas pelo menos terás companhia para atravessar o deserto."
Se esta história já foi contada, não sei. Deve estar no inconsciente coletivo, ou devo ter recebido algo parecido em arquivos .PPS que às vezes recebo. O que importa é que é assim que vejo a amizade. Quer dizer, é uma das formas pela qual vejo a amizade. Às vezes, amigos nos parecem tão distantes. Às vezes nem parecem amigos, parecem que querem seu mal. Mas cada um expressa seus sentimentos da maneira que aprendeu. Porque sentir é aprendizado, não nasce com a gente. E o melhor é que é assim que funciona. Quanto mais a gente vive, mais aprende a sentir as coisas.

"Sorry"
Sorry for not being there for you sometimes.
Sorry for being so indifferent to your pain and sorrow.
Sorry for not giving my shoulder to your tears.
Sorry for not telling you the truth when you needed to hear it.
Sorry for all the unanswered phone calls in the middle of the night.
Sorry for being late to our meetings.
But sorry, specially for apologizing to you, cause love is never having to apologize.
And I do love you.

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