Friday, September 29, 2006

Encerrando uma semana de cão

A Arte de Ser Feliz
Cecília Meireles
HOUVE um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa e sentia-me completamente feliz.
HOUVE um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê- las? Eu não era mais criança, porém a minha alma ficava completamente feliz.
HOUVE um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, a às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.
HOUVE um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.

MAS, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

Tuesday, September 12, 2006

Quem sou eu

Se eu fosse...

...céu, seria o céu de Julho, ora cinza, ora clara;
...mar, seria o mar do Rio de Janeiro, serena, pacífica, mas com "ressacas" monumentais de vez em quando;
...clima, seria o do outono, ou início de inverno: fria, mas radiante;
...floresta, seria a de Araucárias (você que pensa que só tem uma espécie de arvore lá, tá?);
...filme, seria um do Almodóvar, ou do Tarantino, que aparentemente não têm lógica, mas têm tudo a ver e a dizer...
...pintura, seria de Dalí, insana-idade surrealista;
...música, seria uma ópera, cheia de drama, e um pouco de humor também...;
...livro, seria um romance, ora entediante, ora absorvente;
...carro, seria um sedã (não me pergunte porquê!)
...estrada, seria a Autobahn, com várias faixas de "velocidades recomendadas" (hihihi...);
...bicho, seria um serval (conhece? pois é...)
...sapato, seria uma bota, confortável, mas elegante;
...enfim, se eu fosse normal...não seria Nuts!

Friday, September 08, 2006

mensagem para o fim de semana

ENQUANTO OS VENTOS SOPRAM
Conta-se uma história sobre um fazendeiro que possuía terras próximas ao
litoral do Pacífico. Ele constantemente anunciava estar precisando de
empregados, mas a maioria das pessoas não queria trabalhar nas fazendas da
região; temiam as terríveis tempestades que varriam a região, fazendo
estragos nas construções e nas plantações.
Procurando constantemente por novos empregados, ele só recebia recusas.
Até que um dia, finalmente, um homem baixo e magro, de meia-idade, se
aproximou do fazendeiro.
- Você é um bom lavrador? - perguntou o fazendeiro.
- Bem, eu posso dormir enquanto os ventos sopram - respondeu o pequeno
homem.
Embora confuso com a resposta, o fazendeiro, desesperado por ajuda,
empregou-o. O pequeno homem trabalhou bem ao redor da fazenda, mantendo-se
ocupado do alvorecer até o anoitecer e o fazendeiro estava satisfeito com
o trabalho do homem.
Então, certa noite, o vento uivou ruidosamente.
O fazendeiro pulou da cama, agarrou um lampião e correu até o alojamento dos empregados. Sacudiu o pequeno homem e gritou:
- Levanta! Uma tempestade está chegando! Amarre as coisas antes que sejam arrastadas!
O pequeno homem virou-se na cama e disse firmemente:
- Não senhor. Eu lhe falei: "eu posso dormir enquanto os ventos sopram".
Enfurecido pela resposta, o fazendeiro queria despedi-lo imediatamente mas, em vez disso, ele se apressou em sair e preparar o terreno para a tempestade. Do empregado, trataria depois...
Para seu assombro, ele descobriu que todos os montes de feno tinham sido cobertos com lonas firmemente presas ao solo. As vacas estavam bem protegidas no celeiro, os frangos nos viveiros e todas as portas encontravam-se muito bem travadas. As janelas bem fechadas e seguras. Tudo
foi muito bem amarrado; nada poderia ser arrastado. O fazendeiro, finalmente, entendeu o que seu empregado quis dizer. Então, retornou para sua cama, para também dormir enquanto o vento soprava...
O que se pode refletir sobre essa história é que quando se está preparado - espiritual, mental e fisicamente - nada se tem a temer. Os temores e angústias são construídos sobre o nosso despreparo: falta confiança em Deus e em nós mesmo. Devemos aproveitar o período de bonança para a nossa preparação, organização de nossa vida, revisão de metas e muita, muita oração. Devemos pedir a Deus que nos mostre a preparação que precisamos ter e como construir nossa "casa" sobre a rocha, ao invés da areia...
Feito isso, você pode dormir enquanto os ventos soprarem em sua vida! E bons sonhos!

Tuesday, September 05, 2006

teste de maturidade (hehe, sou quase podre...)

You Are 65% Grown Up, 35% Kid

Congratulations, you are definitely quite emotionally mature.
Although you have your moments of moodiness, you're usually stable and level headed.