Tuesday, March 31, 2009

loucura, loucura, loucura!!!

Diálogo ouvido em uma fila para o caixa de uma papelaria em Nilópolis:
Mãe e filha passam por uma gôndola de jogos matemáticos, ao se encaminharem ao caixa. A filha olha para um ABACO e pergunta para a mãe:
- Mãe, o que que é aquilo, hein?
A mãe olha, como se olhasse um rio passando, e com uma cara de entendida diz à filha:
- Ah, minha filha, aquilo é um brinquedo de matemática. Tem gente que consegue fazer conta com aquilo.
A filha:
- É mesmo, mãe? Como?
- Ih, sei lá... Tem maluco pra tudo...
(...)
Esse diálogo é 100% verdadeiro. Meu marido não acredita quando conto. É que parece meio surreal mesmo...

Saturday, March 21, 2009

estou ocupada

César e Ilana estão enganados, assim como metade dos pais de alunos, a maioria dos quais infestando a caixa de comentários do blog da Glória Peres. Professor trabalha, e a maioria só não é mais competente porque com o tempo emburrece - sem cursos de reciclagem, sem apoio para continuar melhorando na profissão, somente vivemos e trabalhamos para brigar com alunos e mantê-los na linha. Além disso, quem conhece algum professor sabe que para não morrer de fome, precisamos trabalhar em duas ou até três escolas diferentes, o que não nos deixa muito tempo livre para planejarmos melhor nossas aulas. O que aconteceu comigo essa semana. Mal tive tempo para preparar um texto e alguns exercícios para meus alunos, bem como a atividade de aula, um jogo. Por isso não consegui nem preparar mais uma crítica pro blog... ainda por cima tou com um soninho...!

Tuesday, March 10, 2009

noticias comentadas

Caramba, que mundo biruta que a gente tá vivendo agora... estou há um tempão pensando no que vou escrever, ou melhor, se vou escrever sobre o que vem acontecendo no mundo ultimamente, mas não vou escrever não. Vou deixar o comentário do Gerald Thomas, que pra quem gosta de "dar em gato morto até ele miar", tá mais do que ótimo. Um abraço, e dias melhores, gente. Daqui a pouco eu volto.

Tuesday, March 03, 2009

prever ou não prever - eis a ... ah, você sabe

Ontem e hoje tive sonhos estranhíssimos, e como não abro mão de minhas ferramentas astrais, fui logo ver o significado deles. Dois sites mais confiáveis na minha opinião deram respostas desastrosas. Nos outros não achei respostas completas. Vivo dizendo ao meu marido, que é do tipo "precavido" (medo de ladrão e coisas afins) que não se pode pensar muito em fatalidades, que podem acontecer sem que a gente tenha muito poder de "barganha" com o destino. Isso pode atrair energias negativas em função do tal temido evento, e bum! a coisa acontece. Mas nesse caso, poxa, eu tava meio que inocente no lance dos sonhos, não podia imaginar que podia ser tão ruim. E agora, continuo me orientando pelo tarô, sonhos, presságios? Não chego a ser igual a Indira, da novela, que só deixa o marido sair de casa quando a empregada vai pra porta segurando um pote de leite (que é muito "auspicioso"...), mas sei lá, eu acho bom estar preparada para algo que de repente eu possa evitar. Mas e se, ao pensar nisso, já estou atraindo?? Ai, que saco...

Sunday, March 01, 2009

comentando...

...um dos comentários do blog da novelista Glória Perez, nem vou mencionar o nome da pessoa pra ela nâo ficar mal (na verdade, nem parei pra ler o nome; não julgo o que leio pela pessoa, e sim avalio a pessoa pelo que ela escreve, do mesmo jeito que não dou nota pela cara):

O Zeca não agrada às professoras medíocres não, tá? Ele no máximo é um estereótipo, uma hipérbole, criado para chocar e induzir a pessoas medíocres, que não entendem o quão difícil é o trabalho do Pedagogo, a pensar. Pois se em uma escola estadual só tivesse professor incompetente, então nas universidades só temos alunos incompetentes, porque o processo de seleção é basicamente o mesmo: concurso. E se vocês querem saber, é uma merda passar naquele troço. Eu que passei nos dois (vestibular para universidade federal e dois concursos do magistério estadual), sei o quanto é difícil. E na escola onde eu trabalho ninguém pega aluno pra cristo não. Nos conselhos de classe todos identificamos, por uninimidade, os alunos que têm mais dificuldade, seja disciplinar ou pedagógica. E todos sabemos que a culpa não é do aluno, mas do ambiente em que ele vive (família, amigos, comunidade...). Nós tentamos, com os parcos recursos que nos são disponibilizados (e muitas vezes com nossos próprios minguados salários), minimizar essas dificuldades. O principal entrave a isso está sendo justamente quem? Os pais, digníssimos pais, que tomam a parte pelo todo, que chegam na escola no dia em que uma professora faltou por motivo de doença do filho e sai "esculachando" todos os professores, dizendo na cara da diretora que nós merecemos a miséria que recebemos, pois não gostamos de trabalhar!! Existem sim professores que, já desiludidos pelos anos de "esculacho" com a classe e desencantados com a perspectiva de nadar e morrer na praia, partidários do "uma andorinha só não faz verão", que literalmente "cagam" pro serviço que prestam, e já sem o "tesão" pela profissão dão aulas completamente burocráticas. Mas, mesmo que estes não sejam minoria, estão se aposentando, e aos poucos o Ensino Público vai se renovando. O processo de deterioração do ensino foi longo, mais de 30 anos nós estamos nesse lodaçal. E os pais também foram se entregando, se anestesiando e se acostumando a pôr a culpa de tudo no Governo. Por extensão, colocam a responsabilidade pela "educação" dos filhos nos professores. Aqui é todo mundo bastante inteligente pra saber que educação é uma coisa e "Educação" (com inicial maiúscula) é outra, esta claro sendo nossa responsabilidade. Tenho plena confiança no meu "taco", sem me gabar, sei que sou competente, pois aprendi em uma ótima instituição acadêmica e tive ótimas experiências. Continuo tendo. Tenho plena consciência de que a cada dia estou aprendendo ao ensinar e a ensinar. Não sou perfeita, mas tento fazer o meu melhor e busco diariamente formas novas de abordar meus alunos. Não é papo furado, é a mais pura expressão da verdade. Amo ensinar, tenho 12 anos de profissão e sei que posso não ser a melhor, nem a mais querida das professoras, mas tenho certeza de que sou uma das mais esforçadas, e tenho mais certeza ainda de que não mereço ESTOJADA na cara. Até porque, antes de mais nada, sou gente.

a redenção de Gloria Perez (ou "inversão de valores")

Gente, tenho cismas infinitas com essa mania da Glória Perez de lutar em prol de causas em suas novelas. Quem me acompanha leu isso há um tempo atrás. Acho uma demagogia e um desserviço, uma vez que banaliza e ficcionaliza um problema muitas vezes real. Mas agora, correndo o risco de estar legislando em causa própria, ou por causa disso mesmo, tenho que dar a mão a palmatória. Pra quem não sabe, ela tem falado em sua novela sobre os alunos "pitboys" e sua falta total de respeito para com a autoridade (leia-se professores e autoridades policiais em si). Mas a bem da verdade, ainda não concordo com a vinda desse assunto à baila numa novela, apesar de eu mesma ser vítima de alunos mal-educados e acobertados por papais e mamães abestalhados. Trouxe esse assunto ao blog pra comentar sobre a inversão de valores que acabou sendo descoberta com a divulgação desse tema. Explico: Segundo o Ancelmo Góis (e eu pude comprovar, lendo alguns), a autora tem recebido, em seu blog, montes de comentários revoltados de pessoas que, ao que parecem, DEFENDEM o "bebê" Zeca!! E pra piorar a situação, acham dois personagens corretíssimos, Indra e Maico, dois babacas!! É claro que entra aí aquela velha história: ninguém assiste novela, a não ser as do Manoel Carlos, pra ver pessoas boazinhas, consideradas "sem-sal". Hoje em dia nem o mocinho é 100% bom. Tem seu lado audacioso, pois precisa lutar, às vezes meio "sujo" pra conquistar a mocinha. Mas essa situação já é extrema!! Cá entre nós, é uma inversão de valores do cacete!! Sinal dos tempos, meus caros, sinal dos tempos...
Pensando bem, mesmo sendo uma realidade que eu vivo, continuo não concordando com a abordagem desse tipo de problema real numa novela. Justamente pelo que gera. O simples fato de estar em uma novela dá um ar de ficção e gera um efeito contrário ao que seria o esperado: em vez das pessoas ficarem chocadas, elas agem como se aquilo não existisse: "Ah! não é possível!! Isso já é exagero!! Que é isso, ninguém faz isso!! Besteira!!" etc e tal. Daí para a dormência é um pulo. É quase o mesmo efeito que acontece quando vemos seguidamente notícias sobre violência e mortes. De tanto vermos, nos acostumamos com aquilo, achamos normal. Anestesia mental/visual.
TV é uma merda, sabia?...