Friday, May 26, 2006

paciência

Voltei a uma mania bem antiga, do tempo do meu primeiro computador (segundo, na verdade; meu primeiro computador era um CCE que em vez de “disk drive” tinha um “tape recorder” e, bem, nunca funcionou...). Tinha um computador, mas só usava pra exercitar minhas lições do curso de informática e, bem, é aí que chego a minha mania (digressão! Um mal necessário?): jogar paciência.
Isso é alguma piada? Antes fosse, porque paciência (a virtude, não o jogo) não é o meu forte. Mas gosto desse joguinho besta, poxa. E atualmente estou gostando mais ainda, porque dada a minha deficiência do que sobrava em Jó, preciso me ocupar de alguma coisa, e o “solitaire” me pareceu ser o ideal. E começo a ver o quanto ele é parecido com a vida e o que fazemos dela.
Minha vida está uma zona. Tudo embaralhado. Mas sei exatamente o que quero fazer, qual o meu objetivo. Mesmo que às vezes eu não saiba ao certo nem como fazer para começar. Às vezes começo de qualquer jeito, jogo por instinto. E dá certo. Outras, já com método, ou seguindo sugestões. Nem sempre acertando. Às vezes entro numa jogada que parece promissora, mas um deslize e pronto: lá se vão todas as cartas boas e eu fico presa nua pilha de situações mal resolvidas, e me vejo obrigada a abandonar meu jogo. “Dar as cartas”? E abandonar a estratégia tão bem articulada? Mas se eu tivesse feito isso em vez de aquilo... Poxa, podia ter dado certo. Podia, não podia? Mas não deu. Que pena, vamos começar de novo. Que chato. Ponha a cabeça no lugar, não pode se jogar de qualquer jeito...de repente, a gente tem uma inspiração, e as coisas começam a se encaixar. Pronto! Consegui!
O que fazemos de nossas vidas é responsabilidade nossa. Independente de como fazemos, seja seguindo conselhos, tentativa e erro...se algo dá errado, a culpa não é de quem te deu o conselho: é nossa. Então, paciência! E “dar as cartas” pode parecer uma boa opção. Melhor admitir a derrota e partir pra outra. A gente nem sempre ganha, mas não é por isso que não vamos mais jogar.
PS: Não estou comparando nossa vida a um jogo. Isso me lembra aposta, que me lembra loteria, que me lembra de uma pessoa que me deu o pior conselho sobre casamento que eu já pude ouvir, e pior ainda, na época eu acreditei. Jogo é o que as pessoas fazem da vida. Eu optei pelo simples. A partir de agora, eu apenas vivo. Não “apostando” em nada, mas acreditando no que eu quero pra minha vida. Apostar é dar sorte pro azar. Eu espero o melhor

Tuesday, May 23, 2006

Post grande, mas vale a pena ler até o fim



Texto escrito por um brasileiro que vive na Europa.

"Já vai para 18 anos que estou aqui na Volvo, uma empresa sueca. Trabalhar com eles é uma convivência, no mínimo, interessante. Qualquer projeto aqui demora 2 anos para se concretizar, mesmo que a idéia seja
brilhante e simples. É regra. Então, nos processos globais, nós (brasileiros, americanos, australianos, asiáticos) ficamos aflitos por resultados imediatos, uma ansiedade generalizada. Porém, nosso senso de urgência não surte qualquer efeito neste prazo. Os suecos discutem, discutem, fazem "n" reuniões, ponderações. E trabalham num esquema bem mais "slow down". O pior é constatar que, no final, acaba sempre dando certo no tempo deles com a maturidade da tecnologia e da necessidade: bem pouco se perde
aqui.

E vejo assim:
1. O país é do tamanho de São Paulo;
2. O país tem 2 milhões de habitantes;
3. Sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (compare com Curitiba, que tem 2 milhões);
4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux, ABB, Nokia, Nobel Biocare... Nada mal, não?
5. Para ter uma idéia, a Volvo fabrica os motores propulsores para os foguetes da NASA.

Digo para os demais nestes nossos grupos globais: os suecos podem estar errados, mas são eles que pagam nossos salários. Entretanto, vale salientar que não conheço um povo, como povo mesmo, que tenha mais cultura coletiva do que eles. Vou contar para vocês uma breve só para dar noção.
A primeira vez que fui para lá, em 90, um dos colegas suecos me pegava no hotel toda manhã. Era setembro, frio, nevasca. Chegávamos cedo na Volvo e ele estacionava o carro bem longe da porta de entrada (são 2.000 funcionários de carro). No primeiro dia não disse nada, no segundo, no terceiro... Depois, com um pouco mais de intimidade, numa manhã, perguntei:
"Você tem lugar demarcado para estacionar aqui? Notei que chegamos cedo, o estacionamento vazio e você deixa o carro lá no final." Ele me respondeu simples assim:
"É que chegamos cedo, então temos tempo de caminhar. Quem chegar mais tarde já vai estar atrasado, melhor que fique mais perto da porta. Você não acha?"
Olha a minha cara! Ainda bem que tive esta na primeira. Deu para rever bastante os meus conceitos.
Há um grande movimento na Europa hoje, chamado Slow Food. A Slow Food International Association - cujo símbolo é um caracol, tem sua base na Itália ( o site, é muito interessante. Veja-o! ). O que o movimento Slow
Food prega é que as pessoas devem comer e beber devagar,saboreando os alimentos, "curtindo" seu preparo, no convívio com a família, com amigos, sem pressa e com qualidade. A idéia é a de se contrapor ao espírito do Fast Food e o que ele representa como estilo de vida em que o americano endeusificou. A surpresa, porém, é que esse movimento do Slow Food está servindo de base para um movimento mais amplo chamado Slow Europe como salientou a revista Business Week numa edição européia. A base de tudo está no questionamento da "pressa" e da "loucura" gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do ter" em contraposição à qualidade de vida ou à "qualidade do ser". Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, embora trabalhem menos horas( 35 horas por semana ) são mais produtivos que seus colegas
americanos ou ingleses. E os alemães, que em muitas empresas instituíram uma semana de 28,8 horas
de trabalho, viram sua produtividade crescer nada menos que 20%. Essa chamada "slow atitude" está chamando atenção até dos americanos, apologistas do "Fast" (rápido) e do "Do it now" (faça já).
Portanto, essa "atitude sem-pressa" não significa fazer menos, nem ter menor produtividade.
Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais "qualidade" e "produtividade" com maior perfeição, atenção aos detalhes e com menos "stress". Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do "local", presente e concreto em contraposição ao "global" - indefinido e anônimo. Significa a retomada dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé. Significa um ambiente de trabalho menos coercitivo, mais alegre, mais "leve" e, portanto, mais produtivo onde seres humanos, felizes, fazem com prazer, o que sabem fazer de melhor.
Gostaria de que você pensasse um pouco sobre isso... Será que os velhos ditados "Devagar se vai ao longe" ou ainda "A pressa é inimiga da perfeição" não merecem novamente nossa atenção nestes tempos de desenfreada loucura? Será que nossas empresas não deveriam também pensar em programas sérios de
"qualidade sem-pressa" até para aumentar a produtividade e qualidade de nossos produtos e serviços sem a necessária perda da "qualidade do ser"?
No filme "Perfume de Mulher", há uma cena inesquecível, em que um personagem cego, vivido por Al Pacino, tira uma moça para dançar e ela responde:
_ "Não posso, porque meu noivo vai chegar em poucos minutos."
_"Mas em um momento se vive uma vida" - responde ele, conduzindo-a num passo de tango.
E esta pequena cena é o momento mais bonito do filme.
Algumas pessoas vivem correndo atrás do tempo, mas parece que só alcançam quando morrem enfartados, ou algo assim. Para outros, o tempo demora a passar; ficam ansiosos com o futuro e se esquecem de viver o presente, que é o único tempo que existe.
Tempo todo mundo tem, por igual! Ninguém tem mais nem menos que 24 horas por dia. A diferença é o que cada um faz do seu tempo. Precisamos saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon, "A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro"...
Parabéns por ter lido até o final!
Muitos não lerão esta mensagem até o final, porque não podem "perder" o seu tempo neste mundo globalizado.
Pense e reflita, até que ponto vale a pena deixar de curtir sua família. De ficar com a pessoa amada, ir pescar no fim de semana ou outras coisas...
Poderá ser tarde demais!
Saber aprender para sobreviver...

Wednesday, May 17, 2006

Só eu sei...

Só eu sei as esquinas por que passei
Só eu sei só eu sei
Sabe lá o que é não ter e ter que ter pra dar
Sabe lá, sabe lá
E quem será
Nos arredores do amor que vai saber reparar
Que o dia nasceu
Só eu sei os desertos que atravessei
Só eu sei, só eu sei
Sabe lá o que é morrer de sede em frente ao mar
Sabe lá, sabe lá
E quem será, as correntezas do amor que vai saber se guiar
A nave em breve ao vento vaga de leve e trás
Toda a paz que um dia o desejo levou
Só eu sei as esquinas por que passei
Só eu sei, só eu sei
E quem será nas correntezas do amor...

Monday, May 15, 2006

você está ficando velho??

Você...

1 - Fez curso de datilografia?
2- Odiava ou adorava as provas com cheiro de álcool, recém copiadas no mimeógrafo(usando papel extencil)?
3- Não ía para a escola no dia do seu aniversário com medo de levar um ovo ou vários na cabeça?
4- Aumentava o rádio quando tocava Barão Vermelho,Engenheiros do Hawai e Paralamas, RPM
5- Usava caneta de 10 cores com cheiro?
6- Viu a Gretchen cantar Conga La Conga, o Ritchie cantar Menina Veneno.
7- Jogava Enduro e River Raid no Atari? E Master System?
8- Tentou fazer o break do Michael Jackson?
9- Brincava de "Estátua", "Batata-quente", "Queimada", "Pega-pega", "Pique-esconde", "Estrela Nova Cela", "Forca", "Cabra-cega", "Passa Anel","Boca de Forno", Amarelinha", "Casamento Atrás da Porta" e "STOP"(Uésssstopê!!!)? hahahaha...
10- Tinha Melissinha, botas sete léguas, catina, conga , kichute??? E sabia que o Tênis Montreal era o único anti-micróbio?
11- Comia "Lollo", antes de se chamar "Milkbar"?
12- Colecionava papel de carta?
13- Usou aquelas pulseirinhas de linha ou lã?
14 -E pulava elástico?
15- Usava aquelas chuquinhas de pano da Pakalolo?
16- Dançava lambada do Sidney Magal ou do Beto Barbosa? Ou corria pra dançar quando escutava a música "Chorando se foi, quem um dia só me fez choraaaar..."?
17- Usou aqueles brilhos labiais que o pote tinha forma de morango? Ou aqueles brilhos tipo da Moranguinho?
18- Ploc Gigante? Chupava bala Soft? Bebia Crush? Comia bala Xaxá?
19 - Comprava Dip Lik, Mini-Chiclets e o pirulito que vinha com hélice, pra girar e voar (pirocóptero)?
20 - Teve o Pequeno Pônei, as Chuquinhas, Ursinhos Carinhosos, Peposo ou a Peposa?
21- Tinha os estojos com vários botões, com cola,durex,apontador...(o famoso estojo paraguaio).
22- Tinha aqueles relógios que vinham com várias pulseiras de cores diferentes para trocar? (Champion)
23- Leu a Série Vaga Lume?
24- Tinha aquela régua que ao bater no braço se enroscava como uma pulseira, a Bate-Enrola?
25- Usava aqueles brincos que vinham na cartela e se colava na orelha?
26- Tinha a mania de dançar Jazz, igual a mulher do Flashdance?
27- Usou polainas e tinha patins de prender nos tênis?
28- Colecionava as mini garrafas de refrigerantes??? E a mãe dizia que tinha veneno dentro para que a gente não bebesse... E os ioios da Coca-Cola?
29- Respondia aos Questionários das colegas??? Normalmente, em um caderno, e a última pergunta era... De quem vc gosta? Ou...Deixa uma mensagem para a dona do caderno...
30- Teve walkman AM/FM amarelo à prova d'água?
31 - Tem algum CD do Biafra (Essa aí é dose)
32 - Usava biquinis "asa delta"

"VOCÊ ESTÁ FICANDO VELHO", HEIN??? MEU AMIGO(A), VOCÊ QUE FEZ PARTE
DA GERAÇÃO ANOS 70, 80 e 90, NÃO DEIXE QUE NOSSAS LEMBRANÇAS SEJAM
ESQUECIDAS!!!"

Saturday, May 13, 2006

O príncipe encantado

"Look into my eyes - you will see
What you mean to me"
Bryan Adams - (Everything I Do) I Do It For You

É, pessoas, este ser mitológico, espécime desacreditado por 9 entre 10 mulheres, muito mais devido ao fato de sermos exigentes do que pela raridade em si, esta classe de homens realmente existe. Em recentes pesquisas foi comprovado que o tal encantado é raro, estava em vias de extinção, mas com um pouco de boa vontade e paciência pode-se ter a grata surpresa de esbarrar num deles. Às vezes em lugares pouco usuais, onde dificilmente se esperaria encontrar uma espécie "de família" (num bar, por exemplo), às vezes disfarçados de cafajestes; outras vezes tão tímidos que quase somem na multidão de "pavões", e recusam até um segundo olhar...
O príncipe encantado no entanto possui um traço inconfundível: seu olhar que diz "fui feito pra você". Espera-se que, ao encontrar o príncipe, seus olhares serão tão profundos que você terá impressão de se afogar neles. No fundo de seus olhos, você enxergará seu próprio reflexo...

Se vocês, mulheres, estão sem ânimo para empreender a sua busca, parem: atualmente há uma campanha em curso, para resgate dos príncipes encantados. Com um pouco de cuidado e carinho, diversos exemplares estão se libertando de suas prisões misóginas e em breve um deles poderá cruzar seu caminho. Aguarde e confie.

(para Aline Veról)

Tuesday, May 09, 2006

Because of you


Por sua causa (versão: Aline de Souza)

Não vou cometer os mesmo erros que você
Não vou me permitir
Deixou meu coração em tamanha miséria...
Não vou me quebrar como você quebrou
Você caiu feio
Aprendi do pior jeito
A não deixar as coisas irem tão longe...

Por sua causa
Nunca ando muito longe da sarjeta
Por sua causa
Aprendi a jogar do lado seguro
pra não me machucar
Por sua causa
Acho difícil acreditar não só em mim,
mas em qualquer um a minha volta
Por sua causa...
Eu tenho medo

Perdi meu caminho
e não demora muito pra você me apontar isso
Não consigo chorar
Pois sei que isso é fraqueza aos seus olhos
Sou forçada a fingir
Um sorriso, uma risada todos os dias da minha vida
Meu coração não pode quebrar
Já que não estava inteiro pra começo de conversa

Por sua causa
Nunca ando muito longe da sarjeta
Por sua causa
Aprendi a jogar do lado seguro
pra não me machucar
Por sua causa
Acho difícil acreditar não só em mim,
mas em qualquer um a minha volta
Por sua causa...
Eu tenho medo

Eu vi você morrendo
Ouvi seu choro toda noite no seu sono
Eu era tão nova
Você deveria fazer melhor do que se apoiar em mim
Você nunca pensou em ninguém mais
Você só via sua dor
E agora eu choro no meio da noite
Pela mesma maldita coisa

Por sua causa
Nunca ando muito longe da sarjeta
Por sua causa
Aprendi a jogar do lado seguro
pra não me machucar
Por sua causa
Tento ao máximo apenas esquecer tudo
Por sua causa
Não sei mais como deixar alguém
entrar em minha vida
Por sua causa
Tenho vergonha da minha vida
porque ela é vazia
Por sua causa...
Eu tenho medo