Sunday, May 29, 2005

continho safado

"Meu filho, vamos lá, é rapinho...!"
E com esse pedido Juarez se ferrou.
Pegou o carro e dirigiu, parou, dirigiu, parou, dirigiu, parou. No quarto "dirigiu" ele já estava vermelho. Disse "Mãe, eu tenho aula."
"E por que você não disse antes?"
"...!Porque você disse que era rapidinho!"
E veio a voz de sua esposa, em sua mente, pra piorar mais a situação: "Eu conheço o rapidinho da sua mãe. É mercado, é feira, é depósito..." E ela tinha razão, Juarez sabia. Isso era o pior.
Chegando no quarto "parou", ele sacou o telefone e ligou para seu coordenador. Nem ele sabe porque, mas saiu com essa:
"Alexandre, meu pai foi atropelado. Não vai dar pra aparecer aí hoje não."
"Como é que foi isso, cara?"
E Juarez então desenrolou uma história muito doida. Quando terminou, ligou pra esposa e disse que iria pegá-la e os dois iriam para casa. Andava sentindo falta de uma folga mesmo, pensou. Vai ser bom, pelo menos valeu a mentirinha.
Contou à esposa o "acontecido", ela riu e depois perguntou:
"E como é que você vai fazer no seu aniversário?"
A mãe tinha dito que iria fazer um churrasco para Juarez, e ele chamou seus amigos e colegas da escola. Todos iriam e a festa seria na casa de sua mãe. E agora?
O jeito era desmarcar. Mas como falar com todos em tempo hábil? Juarez se arrependeu de ter mentido pra ajudar sua mãe. "Mas que idéia," pensou, "tinha logo que atropelar meu velho?"


Escrevi esse texto já tem um tempo. Mas ainda não achei um final decente. Pensei em fazer o Juarez dizer pra todos que o pai dele não teve problemas graves, e no churrasco todos iriam descobrir...seria meio trágico, porque todos iriam ao churrasco com mil recomendações, cheios de compaixão pelo pobre "acidentado", porque àquela altura o fofoqueiro do Alexandre já teria espalhado para a escola inteira...e encontrariam o pai dele sem um arranhão e, pior, sem saber de nada.
Outra seria os próprios amigos ligarem em solidadriedade, e aconselhando Juarez a adiar a festa, pelo estado de saúde do pai...esse talvez seria mais engraçado, ou não...sei lá.
Podem dar sugestões...assim que chegar a um final que preste atualizo o conto...ou então deixo ele assim mesmo, pra dar um ar de mistério, que tal?

Thursday, May 26, 2005

Na lata

A mulher chega no ponto de ônibus,e pergunta inocentemente se o ônibus tal já passou.
O cara diz que já, e começa a fazer perguntas: onde ela morava, se estava indo pra casa, pererê pão duro.
Chega outro ônibus, ela viu que passava perto de onde ela ia e subiu. O cara subiu atrás.
Ela se senta à janela (não abre mão), e ele senta do lado e fica escorando. Ela pôde sentir o cheiro de cachaça e suor da criatura. Além disso, ela não pôde deixar de notar, o cabra era uma batida de caminhão, tamanha a feiúra.
Ele insiste na conversa, ela não dá idéia, e deixa a mão esquerda à vista, exibindo a aliança. O cara nada de se tocar.
Um amigo da "criatura" sobe no ônibus e este conversa alto com o outro, alardeando que saiu ontem à noite e só está voltando aquela hora, tendo ficado "quase 48 horas" (sic) fora de casa. Fica repetindo "por isso é que é bom o cabra ser solteiro!".
De repente, vira pra mulher e pergunta onde ela trabalhava, descobriu que era uma escola, daí pergunta se os alunos são bem educados. "Mais do que o senhor", pensa ela, já de saco cheio.
Ele pergunta se a escola não tem telefone. Ela diz que não sabe, que começou há pouco tempo. Ele pede o telefone dela. Ela pergunta: "Pra quê?". Ele repete o pedido. Ela insiste: "pra quê?". "Pra mim", responde o "Don Juan". Ela ri, debochadamente e responde: "Não!".
O cara murcha todinho e calado segue viagem.

Sunday, May 22, 2005

Reflexos em reflexões

Why am I so childish?
Why so melancholic?
I thought I had all the answers, but now I know I don't even know the questions... Why do I live in the past? He who lives in the past has no time to live the present and build the future. But why am I so attached to what has gone? I'm afraid of being unhappy with what I have now and willing to have what I missed in my journey... I want to be timeless! In my dreams, I am not the lord, I am the Queen, the Mistress of Time and Space, I can travel to wherever I want to, whenever I feel like, and return when I am fed up. But that is too easy, and this whole game would also feed me up. That is why not all our dreams can come true. See? At least one of my questions is answered...!

Amo reticência e pontos de exclamação! Esses sinais são a minha cara!!

momento google (em homenagem a aninhaa)

Supercalifragilisticexpialidocious

Viu? Só na Internet acontece uma doideira dessas...

Friday, May 20, 2005

Oba! Oba! Post novo!!!

Ops...alarme falso...É só uma musiquinha, pra vcs irem enrolando até o findi:

Dream on - Depeche Mode
As your bony fingers close around me
Long and spindly death becomes me
Heaven can you see what I see
Hey you pale and sickly child
You’re death and living reconciled
Been walking home a crooked mile
Paying debt to karma
You party for a living
What you take won’t kill you
But careful what you’re giving
There’s no time for hesitating
Pain is ready, pain is waiting
Primed to do it’s educating
Unwanted, uninvited kin
It creeps beneath your crawling skin
It lives without it lives within you
Feel the fever coming
You’re shaking and twitching
You can scratch all over
But that won’t stop you itching
Can you feel a little love
Can you feel a little love
Dream on dream on

Blame it on your karmic curse
Oh shame upon the universe
It knows it’s linesIt’s well rehearsed
It sucked you in, it dragged you down
To where there is no hallowed ground
Where holiness is never found
Paying debt to karma
You party for a living
What you take won’t kill you
But careful what you’re giving
Can you feel a little love
Can you feel a little love
Dream on dream on

Sunday, May 15, 2005

comentários

Pra quem não sabe: o F&D tá com um probleminha e vai ficar fora do ar até amanhã, pelo menos. Então não tentem comentar, não vai adiantar vocês clicarem ali no link, certo? . O link já voltou a funcionar!!! Então pode clicar ali que agora tá abrindo, viu? Mas é pra clicar mesmo!! Vai! Já clicou?

under risk of misunderstanding...

DIVALDO PEREIRA FRANCO
O suicida do trem
"Passaram-se quase quinze anos e eu orando por ele diariamente,onde quer que estivesse"

"Eu nunca me esquecerei que um dia havia lido num jornal acerca de um suicídio terrível, que me impactou: um homem jogou-se sobre a linha férrea, sob os vagões da locomotiva e foi triturado. E o jornal, com todo o estardalhaço, contava a tragédia, dizendo que aquele era um pai de dez filhos, um operário modesto.
Aquilo me impressionou tanto que resolvi orar por esse homem.Tenho uma cadernetinha para anotar nomes de pessoas necessitadas. Eu vou orando por elas e, de vez em quando, digo: se este aqui já evoluiu, vou dar o seu lugar para outro; não posso fazer mais. Assim, coloquei-lhe o nome na minha caderneta de preces especiais - as preces que faço pela madrugada. Da minha janela eu vejo uma estrela e acompanho o seu ciclo; então, fico orando, olhando para ela, conversando. Somos muito amigos, já faz muitos anos. Ela é paciente, sempre aparece no mesmo lugar e desaparece no outro.
Comecei a orar por esse homem desconhecido. Fazia a minha prece, intercedia, dava uma de advogado, e dizia: Meu Jesus, quem se mata (como dizia minha mãe) "não está com o juízo no lugar". Vai ver que ele nem quis se matar; foram as circunstâncias. Orava e pedia, dedicando-lhe mais de cinco minutos (e eu tenho uma fila bem grande), mas esse era especial.
Passaram-se quase quinze anos e eu orando por ele diariamente, onde quer que estivesse.
Um dia, eu tive um problema que me fez sofrer muito. Nessa noite cheguei à janela para conversar com a minha estrela e não pude orar. Não estava em condições de interceder pelos outros. Encontrava-me com uma grande vontade de chorar; mas, sou muito difícil de fazê-lo por fora, aprendi a chorar por dentro. Fico aflito, experimento a dor, e as lágrimas não saem. (Eu tenho uma grande inveja de quem chora aquelas lágrimas enormes, volumosas, que não consigo verter).
Daí a pouco a emoção foi-me tomando e, quando me dei conta, chorava.
Nesse ínterim, entrou um Espírito e me perguntou:- Por que você está chorando?
- Ah! Meu irmão - respondi - hoje estou com muita vontade de chorar, porque sofro um problema grave e, como não tenho a quem me queixar, porquanto eu vivo para consolar os outros, não lhes posso contar os meus sofrimentos. Além do mais, não tenho esse direito; aprendi a não reclamar e não me estou queixando.
O Espírito retrucou:- Divaldo, e seu eu lhe pedir para que você não chore, o que é que você fará?
- Hoje nem me peça. Porque é o único dia que eu consegui fazê-lo. Deixe-me chorar!
- Não faça isto - pediu. - Se você chorar eu também chorarei muito.
- Mas por que você vai chorar? - perguntei-lhe.
- Porque eu gosto muito de você. Eu amo muito a você e amo por amor.
Como é natural, fiquei muito contente com o que ele me dizia.
- Você me inspira muita ternura - prosseguiu - e o amo por gratidão. Há muitos anos eu me joguei embaixo das rodas de um trem. E não há como definir a sensação da eterna tragédia. Eu ouvia o trem apitar, via-o crescer ao meu encontro e sentia-lhe as rodas me triturando, sem terminar nunca e sem nunca morrer. Quando acabava de passar, quando eu ia respirar, escutava o apito e começava tudo outra vez, eternamente. Até que um dia escutei alguém chamar pelo meu nome. Fê-lo com tanto amor, que aquilo me aliviou por um segundo, pois o sofrimento logo voltou. Mais tarde, novamente, ouvi alguém chamar por mim. Passei a ter interregnos em que alguém me chamava, eu conseguia respirar, para agüentar aquele morrer que nunca morria e não sei lhe dizer o tempo que passou. Transcorreu muito tempo mesmo, até o momento em que deixei de ouvir o apito do trem, para escutar a pessoa que me chamava. Dei-me conta, então, que a morte não me matara e que alguém pedia a Deus por mim. Lembrei-me de Deus, de minha mãe, que já havia morrido. Comecei a refletir que eu não tinha o direito de ter feito aquilo, passei a ouvir alguém dizendo: "Ele não fez por mal. Ele não quis matar-se." Até que um dia esta força foi tão grande que me atraiu; aí eu vi você nesta janela, chamando por mim.
- Eu perguntei - continuou o Espírito - quem é? Quem está pedindo a Deus por mim, com tanto carinho, com tanta misericórdia? Mamãe surgiu e esclareceu-me:
- É uma alma que ora pelos desgraçados.
- Comovi-me, chorei muito e a partir daí passei a vir aqui, sempre que você me chamava pelo nome.
(Note que eu nunca o vira, face às diferenças vibratórias.)
- Quando adquiri a consciência total - prosseguiu ele - já se haviam passado mais de catorze anos. Lembrei-me de minha família e fui à minha casa. Encontrei a esposa blasfemando, injuriando-me: "- Aquele desgraçado desertou, reduzindo-nos à mais terrível miséria. A minha filha é hoje uma perdida, porque não teve comida e nem paz e foi-se vender para tê-los. Meu filho é um bandido, porque teve um pai egoísta, que se matou para não enfrentar a responsabilidade.
Deixando-nos, ele nos reduziu a esse estado."
- Senti-lhe o ódio terrível. Depois, fui atraído à minha filha, num destes lugares miseráveis, onde ela estava exposta como mercadoria. Fui visitar meu filho na cadeia.
- Divaldo - falou-me emocionado - aí eu comecei a somar às "dores físicas" a dor moral, dos danos que o meu suicídio trouxe. Porque o suicida não responde só pelo gesto, pelo ato da autodestruição, mas, também, por toda uma onda de efeitos que decorrem do seu ato insensato, sendo tudo isto lançado a seu débito na lei de responsabilidades. Além de você, mais ninguém orava, ninguém tinha dó de mim, só você, um estranho. Então hoje, que você está sofrendo, eu lhe venho pedir: em nome de todos nós, os infelizes, não sofra! Porque se você entristecer, o que será de nós, os que somos permanentemente tristes? Se você agora chora, que será de nós, que estamos aprendendo a sorrir com a sua alegria? Você não tem o direito de sofrer, pelo menos por nós, e por amor a nós, não sofra mais.
Aproximou-se, me deu um abraço, encostou a cabeça no meu ombro e chorou demoradamente. Doridamente, ele chorou.
Igualmente emocionado, falei-lhe:
- Perdoe-me, mas eu não esperava comovê-lo.
- São lágrimas de felicidade. Pela primeira vez, eu sou feliz, porque agora eu me posso reabilitar. Estou aprendendo a consolar alguém. E a primeira pessoa a quem eu consolo é você."
(Transcrito do livro "O Semeador de Estrelas", de Suely Caldas Schubert, Alvorada)

Desculpe por este post imenso, mas esta história me comoveu. Não só pelo suicídio em si, mas pelo desprendimento com que Divaldo Franco pede pelas pessoas...me lembra que todos nós sempre podemos fazer algo por alguém...nem que seja rezar...parece pouco mas, para este espírito, foi a diferença entre a "não-morte" e a salvação...

Friday, May 13, 2005

Sessão dor de cor...tovelo (mal, muy mal)

Olha só uma sequência de músicas da tarde de ontem (12/05) da Radio Cidade FM:
--Amigo é pra essas coisas
--Travessia
--Georgia on my mind
--Tudo bem
Me dei ao trabalho de colocar os links pras letras, pra vocês verem: com exceção de Ray Charles (uai, saudade sempre é depressiva), todas elas falam de tristezas infinitas, mas no final acabam te deixando uma idéia de que tudo vai melhorar.
Ao contrário de muitas (só de exemplo cito Água) que, aparentemente "pra cima", me deixam com uma puta ressaca moral.
Ah, liga não, vai. Essa semana fiquei doida com Hemmingway, e minha professora tá internada quase repetindo a história de Harry. Por isso acabei "sem querer querendo" reparando nessas coisas. Deixa pra lá.
Semana que vem vocês que se cuidem, pois estou atolada com Psicologia agora...*risada maligna*

Wednesday, May 11, 2005

Tou dando um tempo

Até sexta devo retomar...estou meio estafada da Universidade...
Enquanto isso, peguem algumas plaquinhas pra vcs se lembrarem de mim:









Sunday, May 08, 2005

Pesquisa

Estou fazendo uma pesquisa de opinião. Qual desses vocês acham melhor como foto blog?
Flickr
Flogão
Multiply
Quero sair do Fotolog (mal entrei)por causa de uns problemas com o servidor, então quero escolher qual desses eu vou linkar aqui...
O flickr tem até slide show, o flogão tem uma interface mais amigável, e o multiply é completo, só é meio feinho...enfim, todos têm suas vantagens...me ajudem!!
Ah, em tempo: FELIZ DIA DAS MÃES!!!

Tuesday, May 03, 2005

Piadinha reeditada

Quantos Joselitos cabem em uma Hilux?
Ah, deixa pra lá...nem vale a pena...

Poxa, vim pra universidade pensando: uma das coisas que eu considero compromisso é respeitar aqueles de quem gosto. Uma relação é importante demais, e acho respeito uma coisa essencial em uma relação. Sem respeito você não tem confiança, não tem, sei lá...Não basta você olhar pra pessoa e dizer: gosto de você. E no minuto seguinte você passar por cima dessa pessoa, maltratar, humilhar. Pra mim, isso é sinal de que você não se preocupa com o que eu sinto. Então seus sentimentos podem até ser verdadeiros, mas são egoístas. Mas não liguem pra esse post meio "arrevesado", estou triste e decepcionada, é só.
Ontem duas pessoas a quem eu respeito muito (logo, gosto muito) fizeram coisas que nunca imaginei serem capazes. Não sei os motivos, devem ter sido fortes para ambos, mas a primeira impressão pra mim foi de que o sentimento falou mais alto que o respeito. Espero ao longo dessa semana esclarecer os fatos, até para minha tranquilidade. No momento, estou com um tremendo nó na garganta. E vou parar por aqui, antes que fique pior.

Sunday, May 01, 2005

Farsa de A a Z

veja aqui
e aqui também
É o mesmo texto, em dois links diferentes.
Agora, alguém acha por favor a defesa desse pessoal? Me matei de procurar uma explicação, mas não tem!!! E o que é pior, se isso é mesmo verdade, por que eles continuam divulgando o livro? Hoje mesmo vi o "merchand" no Gugu...vai entender...