Saturday, January 28, 2006

no escuro

Tem dias que só penso em fugir. Correr e me esconder no fundo da quadra da escola. Mas aí eu escuto: "É quando o tempo sacode a cabeleira, a trança toda vermelha..." e vejo a quadrilha do tio Valdir rodopiando no centro da quadra, onde eu queria estar, dançando como sempre quis, antes de "abusar" de festas juninas e coisas assim. Antes de desistir de chamar atenção e resolver apenas "ser".

"You've got the music in you"

Engraçado como a música nos atinge. Todo mundo, cada um a sua maneira, reage a uma determinada melodia, e aquilo fica gravado, às vezes para o resto da vida. A musica do título, por exemplo (You get what you give, do New Radicals), é relativamente nova, mas sua melodia tem um "gosto" de música antiga, não sei bem porquê; se é a batida, a métrica, o tecladinho, ou mesmo tudo misturado, não sei.O caso é que se a banda queria dar essa impressão, comigo eles conseguiram. Cada vez que ouço me dá uma nostalgia, saudade de um tempo que não sei qual é, porque a música soa datada mas o registro musical é meio impreciso para meus ouvidos um tanto leigos.
Já outras músicas ficam tão claras pra mim quanto ao tempo ou o espaço que às vezes é complicado ouví-las em um outro ambiente ou época...parece que soam diferentes. Exemplo: "Down Under", do Men at Work, tem tanta cara de "Nova Iguaçu, início de namoro com Fabiano", que simplesmente não suporto ouví-la em Natal, aturando carona da minha sogra. O hit "El Arbi" do Khaled, que dancei até enjoar no meu niver de 21 anos, tanto que até ganhei o CD, me traz lembranças tristonhas quando tento ouvir em walkman, ou no PC. Já as músicas do Coldplay, que Fabiano acha depressivas, pra mim só o são quando ouço aqui em casa, no Rio. Bem como todas as músicas que usei em aulas, boa parte delas em Natal. De tanto ouvir "American Pie", com Madonna, sinto vontade de vomitar. Mas até que suporto a primeira versão, com o Don McLean.
Mas uma que eu não posso ouvir em lugar nenhum mais, que me dá vontade de me acabar de chorar, é "Na estrada", da Marisa Monte. Parece que estou em um avião, indo e/ou vindo, sem saber meu rumo...

Sunday, January 22, 2006

Bom início de semana!!

Os Quatro Compromissos - Por Miguel Ruiz

Seja Impecável com a Palavra
Já que ela é a ferramenta mais poderosa que você tem, use-a sempre para a verdade e para o bem. Assim como a palavra é capaz de construir também pode destruir tudo em questão de momentos.
Não faça fofocas. Elas só espalham um veneno que pode voltar contra você depois.
Cumpra sempre o que promete
Ser impecável também significa assumir a responsabilidade por seus atos sem se culpar por esta ou aquela escolha.

Não Tire Conclusões
Seus dramas e tristezas existem porque você acredita que as suas conclusões são as corretas. Imagine o dia que você não tira conclusões sobre o seu parceiro ou sobre todas as pessoas com as quais se relaciona. A forma mais fácil de evitar confusões é perguntar - e não deduzir - quando você não entende algo. Uma vez ouvida a resposta, não sobrará espaço para falsas conclusões.

Não Leve Nada para o Lado Pessoal
Não sofra pelo que os outros dizem a seu respeito ou para você. Nada disso é motivado por seus atos, e sim por quem fez os comentários.
Cada um vive num mundo diferente. Levar tudo para o lado pessoal significa presumir que os outros conhecem o seu mundo.
Esse é o pensamento deles sobre o mundo, não o seu. Se você estiver imune às opiniões e ações das pessoas, evitará sofrimentos desnecessários.

Sempre Dê o Melhor de Si
O último compromisso permite que os outros três se tornem hábitos. Em qualquer circunstância, sempre faça o melhor, nem mais nem menos. Dessa forma, você não vai julgar a si mesmo, nem se sentir culpado ou se castigar quando não conseguir cumprir um acordo. É a ação que faz a diferença.
"Refletir e exercitar os quatros compromissos pode mudar a sua postura diante da vida".

Thursday, January 19, 2006

À mão livre (ou: remembrances)

Hoje é dia de lembrar. Já lembrei de quando fui morar em Natal e perdi o costume de escrever (!) à mão, pois só o que eu fazia era trabalhar em casa e redigir listas de compras e orçamentos. Lembrei de quando não tinha sofá, depois tive um, depois mais um e finalmente desisti do sofá, que ocupa espaço e só serve pro meu marido deitar e me deixar sem lugar e pro gato afiar as unhas e me obrigar a jogar uma manta por cima pra esconder o rombo. Ficamos na rede mesmo, e às vezes na cama, que a preguiça é grande.
Lembrei que deixei meu caderno de pensamentos lá em Natal, e que tem um texto que eu queria colocar aqui mas agora não posso, e talvez nem veja mais o tal caderno, se depender da minha sogra e sua norinha do coração (a outra, claro). Lembrei o quanto o calor no Rio é cruel e desumano (35 graus em NI são 35 graus mais a sua temperatura corporal), e lembrei também que eu costumava rir quando me diziam que o Nordeste é melhor, o clima é mais ameno (venta mais, e eu: hahahahahahahahaha, paraíba...)
Lembrei ser mais ativa, costumava agir mais, e enrolar menos. Quando precisava fazer alguma coisa, saía e fazia. Agora não sei, se é o calor, a comodidade do carro (que no momento está avariado), ou Miguel, ou tudo junto (sair com Miguel de ônibus nesse calor???), só sei que não sei de mais nada.
Lembrei ligeiramente de ter uma vida antes de ficar com Fabiano, mas ainda não me lembrei o que era...e agora, com ele longe, minha vida parece que só vai voltar a ter rumo depois de março, mesmo que eu arrume emprego e comece a estudar antes disso.
Lembrei que escrevi há um tempinho (por sinal está no caderninho perdido) que a gente nunca tem 100%. Antes, em Natal, sentia falta da minha família e achava que eu tinha quebrado uma espécie de "linha do tempo", ou do espaço, sei lá, e que por eu ter ido embora, tudo ficou de cabeça pra baixo. As coisas na minha família começaram a dar errado, sei lá...Agora, vindo pra cá sem um propósito definido (antes foi pelo parto de Miguel..) fora sair do inferno particular onde morava, e esperar Fabiano concluir o Mestrado, percebo que esse texto nunca esteve tão atual pra mim. Pena não poder lembrá-lo verbatim.

Saturday, January 14, 2006

momento "duh"

Coisas que se diz sem pensar, e que são verdadeiros "duh":

01) Planos ou projetos para o futuro.
Você conhece alguém que faz planos para o passado?
Só se for o Michael Fox no filme "De volta para o Futuro".
02) Criar novos empregos.
Ora, bolas, alguém consegue criar algo velho?
03) Habitat natural.
Todo habitat é natural; consulte um dicionário.
04) Prefeitura Municipal.
No Brasil só existem prefeituras nos municípios.
Aliás, ainda bem!
05) Conviver junto.
É possível conviver separadamente?
06) Sua autobiografia.
Se é autobiografia, já é sua.
07) Sorriso nos lábios.
Já viu sorriso no umbigo?
08) Goteira no teto.
No chão é impossível!
09) Estrelas do céu.
Paramos à noite para contemplar o lindo brilho das estrelas do mar?
10) General do Exército.
Só existem generais no Exército.
Brigadeiro da Aeronáutica.
Só existem brigadeiros na Aeronáutica.
Almirante da Marinha.
Só existem almirantes na Marinha.
11) Manter o mesmo time.
Pode-se manter outro time? Nem o Felipão consegue!
12) Labaredas de fogo.
De que mais as labaredas poderiam ser? De água?
13) Pequenos detalhes.
Se é detalhe, então já é pequeno. Existem grandes detalhes?
14) Erário público.
O dicionário ensina que erário é o tesouro público, por isso, erário só basta!
15) Despesas com gastos.
Despesas e gastos são sinônimos!
16) Encarar de frente.
Você conhece alguém que encara de costas ou de lado?
17) Monopólio exclusivo.
Ora, pílulas, se é monopólio, já é total ou exclusivo...
18) Ganhar grátis.
Alguém ganha pagando?
19) Países do mundo.
E de onde mais podem ser os países?
20) Viúva do falecido.
Até prova em contrário, não pode haver viúva se não houver um falecido.

(Dizem que é de autoria do Pasquale Cipro Neto, mas eu duvido que ele tenha um senso de humor a la seu Lunga...)

Friday, January 13, 2006

botando pra fora (eca!)

Vou escrever aqui na esperança de que o sujeito leia, apesar de achar muito pouco provável. E mesmo que ele leia isso, é bem capaz de se fazer de desentendido, como é de seu feitio. Mas pelo menos eu desabafo.
Pela primeira vez eu vou contra uma das regrinhas básicas de sobrevivência que fiz para mim mesma aos 13 anos: não comprar briga alheia nem tomar partido. Se bem que (ainda) não comprei briga nenhuma. E bem, nem é tão alheia assim, é familiar. Mas de qualquer jeito foi assim que sobrevivi a muita turbulência, mas não acho que vai acontecer dessa vez. Ops, digressão. Bom, basicamente é isso, alguém muito sem noção fez uma coisa muito chata com alguém que amo muito. Isso vem acontecendo sistematicamente, durante muito tempo, mas sempre tentei seguir a minha regrinha.
Apesar de tudo, sempre nos demos bem, e quase sempre quando o meu relacionamento com uma pessoa é bom, pra mim basta. Mesmo se essa pessoa não foi legal em algum momento com outras pessoas, não me comprometo. Mas ultimamente isso tem me afetado, e eu não estou conseguindo evitar de me chatear pelos outros.
O pior é que eu sei que algumas pessoas (principalmente da família) ainda me vêem como criança, quer dizer, como uma pessoa não madura, não adulta, sei lá. Sem moral pra comprar briga, sabe? E mesmo que eu passasse por cima da minha regra, eu teria esse empecilho. Só que minha paciência é curta, quem me conhece sabe. E já quebrei regras antes. Não me custa nada chutar o pau da barraca agora. Mas com classe, claro

Esperem!!!

Calma!! Não me abandonem!! Eu vou escrever ainda!! Voltem!!
Até o fim de semana, prometo.

Saturday, January 07, 2006

Convivência

Por força do meu trabalho, tenho que conviver com pessoas. As pessoas, vocês sabem, podem ser muito más. Mesquinhas. Alunos então, nem se fala. Nunca fui muito "social", popular na escola, ou coisa do gênero, tinha meu grupinho de amigos e só. Mas graças à minha profissão, aprendi a lidar com as pessoas. Continuo não sendo social, mas sou mais maleável e tolerante à presença de outras pessoas em um mesmo ambiente. Tenho aqui e ali um ataque de pelanca e me isolo, mas no geral eu supero uma reunião de uma hora sem crises de Agorafobia.
Porque estou falando isso? Bom, porque vejo muita gente popular e extrovertida que não sabe lidar com o ser humano de forma isolada. Que adora platéia, mas trata mal um colega de trabalho. Acho interessante descobrir como lidar com um indivíduo e suas "manias", e acho até que se fosse em outra época, teria partido para a Sociologia. Se bem que isso é mais Psicologia mesmo. É legal aprender a falar com alguém, até pra evitar que você mesmo se estresse com aquela pessoa, e vice-versa. O principal disso é que você mostra que a pessoa é importante pra você, e o relacionamento ganha mais.
Voltando ao primeiro parágrafo, como professor a gente aprende a lidar até com maldade e mesquinharia, para que essas coisas não afetem tanto. Como se diz em Natal, a gente aprende a "matar na unha" as pessoas que querem te provocar ou fazer a gente se sentir mal. Acho que quem aprende a fazer isso é o assistente social. deve ter até disciplina com o nome: "fundamentos da resposta rápida" (na verdade, eles pagam Comunicação Social, mas não sei se eles aprendem isso). O pessoal que trabalha com RH então, deve ter especialização só pra isso!
O mais interessante, e que ainda estou aprendendo a fazer, é saber quando ficar quieta. Nooooossa, como é difícil às vezes, ainda mais para uma ariana típica como eu! Mas eu chego lá.

Sunday, January 01, 2006

Reflexão para o ano novo

Ser bonzinho é muito legal, né? Esqueça. O mundo é dos malvados.