Gente, tenho cismas infinitas com essa mania da Glória Perez de lutar em prol de causas em suas novelas. Quem me acompanha leu isso há um tempo atrás. Acho uma demagogia e um desserviço, uma vez que banaliza e ficcionaliza um problema muitas vezes real. Mas agora, correndo o risco de estar legislando em causa própria, ou por causa disso mesmo, tenho que dar a mão a palmatória. Pra quem não sabe, ela tem falado em sua novela sobre os alunos "pitboys" e sua falta total de respeito para com a autoridade (leia-se professores e autoridades policiais em si). Mas a bem da verdade, ainda não concordo com a vinda desse assunto à baila numa novela, apesar de eu mesma ser vítima de alunos mal-educados e acobertados por papais e mamães abestalhados. Trouxe esse assunto ao blog pra comentar sobre a inversão de valores que acabou sendo descoberta com a divulgação desse tema. Explico: Segundo o Ancelmo Góis (e eu pude comprovar, lendo alguns), a autora tem recebido, em seu blog, montes de comentários revoltados de pessoas que, ao que parecem, DEFENDEM o "bebê" Zeca!! E pra piorar a situação, acham dois personagens corretíssimos, Indra e Maico, dois babacas!! É claro que entra aí aquela velha história: ninguém assiste novela, a não ser as do Manoel Carlos, pra ver pessoas boazinhas, consideradas "sem-sal". Hoje em dia nem o mocinho é 100% bom. Tem seu lado audacioso, pois precisa lutar, às vezes meio "sujo" pra conquistar a mocinha. Mas essa situação já é extrema!! Cá entre nós, é uma inversão de valores do cacete!! Sinal dos tempos, meus caros, sinal dos tempos...
Pensando bem, mesmo sendo uma realidade que eu vivo, continuo não concordando com a abordagem desse tipo de problema real numa novela. Justamente pelo que gera. O simples fato de estar em uma novela dá um ar de ficção e gera um efeito contrário ao que seria o esperado: em vez das pessoas ficarem chocadas, elas agem como se aquilo não existisse: "Ah! não é possível!! Isso já é exagero!! Que é isso, ninguém faz isso!! Besteira!!" etc e tal. Daí para a dormência é um pulo. É quase o mesmo efeito que acontece quando vemos seguidamente notícias sobre violência e mortes. De tanto vermos, nos acostumamos com aquilo, achamos normal. Anestesia mental/visual.
TV é uma merda, sabia?...
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