Para os meus 3 leitores que sempre vêm aqui na esperança que eu aprenda a escrever decentemente, mil perdões: a ideia do blog era escrever sobre coisas que estão na minha mente, coisas sobre as quais acho legal falar, e no momento, o que está na minha mente quase 24 horas por dia é a situação da categoria a qual pertenço atualmente, a de professora do estado do Rio de Janeiro.
E falo isso com o maior orgulho, porque lutei muito pra estar onde estou. Não que este sempre tenha sido meu sonho, se dissesse isso estaria mentindo. Mas, a partir do momento em que assumi, o fiz com a intenção de fazer o melhor que eu pudesse, pois assim me ensinou meu velho pai. Que não importa o que eu faça, mas que eu tente sempre fazer o meu máximo. E tenho orgulho das horas de estudo para fazer a prova, tenho orgulho de pertencer a uma categoria que, apesar de ser tão judiada, consegue ser excelente, com pessoas mais do que profissionais; acima de tudo, humanas. O que temos que encarar diariamente, não é só uma jornada de trabalho de as vezes 18 horas diárias, mas também alunos carentes, que chegam à tarde com hálito metálico, de estarem em jejum, sem café ou almoço. Alunos rebeldes, que quebram canetas e lápis dos colegas, pois as vezes não têm nem caderno. Crianças vindas de lares desajustados, que não têm nem as normas mais elementares de educação. Alunos semi-analfabetos na quinta série, alunas grávidas aos 15 anos... enfim. por eles, pelos alunos que não têm culpa da merda do sistema, ainda (já que a maioria ainda não vota), por eles eu deixo meu filho com estranhos, e saio de casa para entrar em sala de aula, e tentar fazer a diferença. Porque pelos R$ 540 que eu ganho ah...não me levantava nem da cama toda manhã...
Vou ter que pedir desculpas de novo, porque obriguei vocês a lerem mais um texto chato, alimentei a esperança de vocês em meus escritos, mas... gostaria da compreensão de todos. Isso passa. É só hoje. Prometo.
Deixem comentários. Sinto falta disso, sabiam?
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