Falar sobre política agora é quase obrigatório, em tempos de campanha eleitoral para presidente (e a maioria esquece que também teremos que votar em novos governadores, senadores e deputados estaduais e federais – ô sistemazinho mal dividido esse nosso, viu). Mais ou menos como falar de futebol em época de Copa. Nessa época, todo mundo entende de política. E, à semelhança do tal esporte bretão (diabéisso?), sabemos de política o mesmo tanto que sabemos de futebol: muito pouco, quase nada.
Essa eleição vai ser marcada pela perseguição às mídias eletrônicas, especialmente os blogs. Tidos como a nova imprensa, estes singelos sites surgidos como diários pessoais, alguns temáticos, evoluíram, assim como seus escritores, e hoje são poucos os que se dão ao “luxo” de colocar no ar uma página que se limite a exibir “blinkies” e “memes”, ou os indefectíveis CTRL-C CTRL-V da vida. A maioria tem opinião, e não se furta em dizê-la. Curioso como isso é considerado jornalismo, ou pelo menos um tipo de. Mas tratarei disso outro dia. O que gostaria de ver discutido é: como se faz para filtrar o que se lê? De que forma vou aproveitar aquilo que eu vi em um determinado blog ou site? Trocando em miúdos: quero votar em um cara, como vou saber se o que saiu sobre ele é verdade ou não? A Dilma é (ou foi) terrorista? Ela vai fundar uma filial das FARC aqui no Brasil? O Serra vai dilapidar o patrimônio público? Ele é igual ao FHC? Existem outros candidatos, é claro. E a nossa ignorância política chega nesse ponto e diz: os outros, nem se discute, não vão ganhar mesmo. Agora, imagina se eu estou numa festa e lá pelo meio dela alguém resolve fazer um “intéra” pra comprar mais cerva. Aí você diz: “ah, vou dar nada não, com esse número de pessoas minha contribuição vai ser irrelevante”. Toma porrada, ou fica sem beber, né? Mas, digresso. O que quero pedir a você é: antes de ler e concordar com blogs e afins, conheça a história do candidato em questão. Mas não vá no site do candidato! Procure na wikipedia, ou em sites sobre história do Brasil. É complicado, eu sei. Dá trabalho. Mas mais trabalho você vai ter depois, quando tiver que sofrer as conseqüências do seu ato preguiçoso. Outra coisa: se for candidato do legislativo, pode ser uma boa ideia conferir a frequência do indivíduo. Isso dá pra ver no site das câmaras e assembleias legislativas. Depois, de posse da “verdadeira verdade”, acompanhe os sites que mais lhe apetecerem. Existem alguns muito bons, que apesar de um pouco tendenciosos, costumam publicar notícias reais da atualidade. É claro, desde que estejam falando bem de quem eles defendem.
No comments:
Post a Comment