E agora querem empurrar para o brasileiro, que cá entre nós, ainda está aprendendo a votar (e está de recuperação nessa matéria, prestes a levar bomba), uma decisão que não depende de nós para ser cumprida, e que o Estado também não tem condições de fazer valer. O que a gente faz? Vamos votar no “sim”, porque é o que Jesus faria, porque carro também mata, mas arma não serve pra mais nada a não ser ferir e matar, porque arma nunca livrou ninguém de ser assaltado e/ou morto? Ou votar “não”, porque isso não muda as coisas, porque 3.000 armas vendidas por mês aos civis não são nada comparado com o arsenal fornecido as Forças “Armadas” (ou vão desarmar as Forças, pra elas ficarem “desarmadas”?), porque eu quero poder decidir se o Lula fica ou sai, ao invés de decidir sobre uma coisa subjetiva? Vou votar não, não porque sou terrorista, não porque meu marido gosta de armas, não porque QUERO ter armas em casa, (porque não quero armas em casa, viu?), mas porque não me acho competente como cidadã para assumir a responsabilidade por uma decisão do “porte” (sem piada) dessa aí. Não quero me sentir culpada por tirar um direito inerente a qualquer ser vivo, o de se defender. Apesar de existirem outros tipos de defesa. Mas já pensou, se decidirem que praticar Jiu Jitsu gera violência, você tendo que resolver num Plebiscito ou Referendo se deve ou não ser proibido a prática de Jiu Jitsu em Academias? Não é piada não, é mais ou menos isso que está acontecendo!! OK, não posso ter armas, então vamos lá, vou fazer um curso de auto defesa, e me preparar para o bandido. Daí vão vir com estatísticas dizendo que as pessoas que tentam se defender são as que mais morrem, e que praticar auto defesa é mais perigoso que se entregar ao bandido...Pronto! Está feita a merda. Já pensaram nisso, Pitboys?
Ah, eu estou simplificando demais as coisas? Mas vem cá, colocar numa urna eletrônica a pergunta “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?” e estipular o número 1 para “não” e o número 2 para “sim”, também não é simplificar demais as coisas não? Bom, eu acho. E por via das dúvidas, fora anular, prefiro o “não”. Sou cidadã de bem e não quero conhecer ditadura pior que a que minha mãe conheceu. Quero ter o direito de falar palavrão, mesmo não querendo falar. Quero ter direito de viajar, mesmo se não tiver dinheiro pra isso. E o mais importante, quero poder viver sem medo, coisa que o Estado não está me garantindo, e não é me privando de um direito básico que vou ter de volta minha vida sem medo.
Em tempo: Não sou “bitolada”, nem gosto muito da posição “parcial” da Veja. Sou de opinião que veículos de informação devem informar, não opinar. Apenas citei o jornalista Tales Alvarenga para introduzir a polêmica. E, sim, já tinha essa opinião antes da matéria da semana passada, apenas confirmei alguns argumentos que eu já tinha, como quem leu minha página pôde comprovar.
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